segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

CAMINHANTE DAS ESTRELAS - Poema de Wagner Borges.

"Você Que veio das Estrelas"
[Título original de Wagner Borges].

Você, que veio das estrelas,
E deu o grande mergulho no mundo da matéria.
Você, que veio das estrelas e,
Com o sacrifício de sua própria origem cósmica,
Abrigou-se num invólucro de carne.
Você, que veio das estrelas,
E abandonou a Realidade universal,
Para habitar o mundo de ilusões...


Você, que veio das estrelas,
E agora se sente estranhamente só.
Esqueça-se de tudo e se entregue
Aos apelos de sua voz interior.
Ouça o que ela tem para lhe dizer,
Que nada mais é tão importante,
Nem mesmo os compromissos com que o mundo
Tenta distrair sua visão cósmica...

Descobrirá que, na verdade, não está só.
Muitos são os seus irmãos das estrelas,
Que para cá vieram estender a mão
E amparar com ombros fortes
Os passos da humanidade
Nesta difícil época de transição...

Será fácil reconhecê-los, as palavras não serão necessárias,
E nem mesmo será preciso saber seus verdadeiros nomes.
Saberá encontrá-los pela afinidade de suas energias,
O chamado de seus corações e profunda identificação
Com seus sentimentos.

Você, que veio das estrelas,
E sente agora no recanto mais íntimo de sua alma,
Que chegou o momento de encontrar, na Terra,
A sua Família Universal.
Que chegou o momento do reconhecimento.
O momento da reunião de todas as forças
Para a realização da missão única,
De que todos se incumbiram,
Antes de aqui chegarem.

Abra seu coração, acorde sua consciência adormecida.
Apalpe seu ser interior, deixe que ele fale acima de tudo;
Acima do mundo, acima de todos os conceitos,
Que não lhe permitem viver e existir
Com toda a sua potencialidade cósmica...

Você, que veio das estrelas,
Que é todo luz, e é todo força, libere-se!
Chegou o tempo de abrir as portas para uma nova era.
Você, que veio das estrelas,
Eterno viajante do Espaço,
Compartilhando agora com tantos outros irmãos
Uma experiência tridimensional, difícil.
Não se deixe mais perder em momentos inúteis
Que lhe trazem apenas solidão.
Não se deixe mais seduzir
Pelas falsas luzes do asfalto.

Assuma sua personalidade cósmica,
Estenda seus braços e, num único abraço,
Envolva sua grande família, sua imensa Família Universal.
E todos juntos, com plena consciência da Unidade de sua origem,
Cada qual com a sua parcela de colaboração, cumpram,
Com alegria e coragem, o maravilhoso Trabalho
De conscientização da humanidade
Para este novo milênio!
Muita Paz e Luz!

(*) Nota: Wagner Borges: Nascido no Rio de Janeiro, em 1961; espiritualista, autor de vários livros e colaborador de revistas da temática espiritual; conferencista e fundador do IPPB - Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas – (http://www.ippb.org.br). [®]

(Campos de Raphael)

domingo, 4 de janeiro de 2009

'AMOR É ISSO' - Conto de Natal. (León Tolstoi)

‘Olho de Hórus’
‘O Portal aos Mistérios’
“Em certa cidade russa morava o sapateiro Martin Avdéich. Ele vivia num quartinho de um porão, com uma pequena janela que dava para a rua. E só podia ver os pés de quem passava, mas Martin reconhecia as pessoas pelas botinas que consertara...

Tinha muito serviço, pois trabalhava bem, usava material de boa qualidade e não cobrava caro. Anos antes, sua mulher e seus filhos haviam morrido, e o desespero de Martin fora tão grande que ele chegara a exprobrar a Deus”.

Certo dia apareceu um velho da aldeia natal de Martin, que se tornara peregrino e homem santo. Martin desabafou com ele. “Já não tenho desejo de viver”, disse ele. “Já não tenho esperanças”...

E o velho respondeu: “Você está desesperado porque deseja viver para sua própria felicidade. Leia os Evangelhos: lá verá como Deus gostaria que você vivesse”…

Martin comprou então uma Bíblia. A princípio, só pretendia ler nos dias santos, mas, o seu coração ficara tão leve depois que começou, que ele lia todos os dias...

Foi assim que uma noite, bem tarde, no Evangelho de São Lucas, Martin chegou ao trecho em que um fariseu rico convidou o Senhor para ir à sua casa. Uma mulher, que era pecadora, chegou e ungiu os pés do Senhor e os lavou com suas lágrimas. Disse o Senhor ao fariseu:

- “Vês esta mulher? Entrei em tua casa, não me deste água para os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou os meus pés, e os enxugou com os seus cabelos… Não ungiste a minha cabeça com bálsamo: e esta com bálsamo ungiu os meus pés”... (Lucas 7:44-46).

Martin ficou pensando. Ele deve ter sido parecido comigo, aquele fariseu. Se o Senhor viesse ter comigo, eu procederia também assim? Depois deitou a cabeça sobre os braços e adormeceu. De repente, ouviu uma voz e acordou sobressaltado. Não havia ninguém ali, mas ele ouviu claramente:

- “Martin! Olha para a rua amanhã, pois Eu virei”...

Na manhã seguinte, Martin levantou-se antes do raiar do dia, acendeu o fogo e preparou uma sopa de repolho e mingau. Depois vestiu o avental e sentou-se junto à janela, para trabalhar...

Pensando na noite anterior, ele olhava mais para a rua do que trabalhava. Sempre que passava alguém com botinas desconhecidas, olhava para cima para ver o rosto. Passou o porteiro de uma casa, depois o carregador de água. Dali a pouco o velho Stepánich, que trabalhava para o comerciante vizinho, começou a limpar a neve defronte da janela de Martin...

Olhou para ele e continuou a trabalhar; depois de ter dado uma dúzia de pontos, tornou a olhar para fora. Stepánich tinha encostado a pá na parede e ou estava descansando, ou procurando aquecer-se. Martin foi até a porta e chamou-o.

- “Entre”, disse, “e se aqueça um pouco. Deve estar com frio”.

- “Deus te abençoe!” respondeu Stepánich, e entrou, sacudindo a neve e limpando os pés. Nisto, cambaleou e quase caiu...

- “Não se incomode”, disse Martin. “Sente-se e tome um pouco de chá”. Enchendo dois copos, ele passou um ao seu visitante. Stepánich esvaziou o copo, dando sinais evidentes de que gostaria de tomar mais. Martin tornou a encher o copo. Enquanto bebiam, Martin ficou olhando para a rua.

- “Está esperando alguém?” perguntou o visitante.

- “Ontem à noite”, respondeu Martin, “estava lendo que Cristo foi à casa de um fariseu que não o recebeu com as devidas homenagens. Suponhamos que uma coisa dessas acontecesse comigo? O que eu não faria para recebê-Lo! Então, enquanto dormia, ouvi alguém cochichando: "Olha para a rua amanhã, pois eu virei”...

Quando Stepánich ouviu aquilo, as lágrimas começaram a escorrer por suas faces. “Obrigado, Martin Avdéich. Você me reconfortou, na alma e no corpo”... Stepánich foi embora, e Martin sentou-se para costurar uma botina...

Quando olhou pela janela, viu uma mulher de sapatos de camponesa que passou e parou junto da parede. Martin viu que estava vestida com roupas pobres e tinha um bebê no colo. E de costas para o vento, ela procurava agasalhar o bebê junto do corpo, embora vestisse apenas roupas leves e surradas. Martin saiu e os convidou a entrar. Ofereceu-lhe pão e sopa.

- “Vá, coma, minha cara, e aqueça-se bem”, disse ele. E enquanto comia, a mulher lhe contou quem era. “Sou mulher de soldado. Mandaram meu marido para longe, há oito meses, e não tive mais notícias dele. Não consegui arranjar trabalho e fui obrigada a vender tudo o que possuía para comprar comida. Ontem empenhei o meu último xale”...

Martin foi buscar um casaco velho. “Tome”, disse ele. “Está surrado, mas serve para agasalhar o bebê”. A mulher pegou o casaco e rompeu em prantos. “O Senhor o abençoe”. Martin sorriu e contou a ela sobre seu sonho e a visita prometida.

- “Quem sabe? Tudo é possível”, disse a mulher. Ela se levantou e embrulhou o casaco em volta de si e do bebê. “Tome isto”, disse Martin, dando-lhe dinheiro para tirar o xale do penhor. Depois acompanhou-a até a porta.

Martin tornou a sentar-se para trabalhar. Cada vez que aparecia uma sombra na janela, ele olhava para cima, para ver quem estava passando. Depois de algum tempo, viu uma mulher vendendo maçãs numa cesta. Às costas, tinha um saco pesado, que ela queria mudar de posição.

Quando ela pôs a cesta junto de um poste, um menino com um boné esfarrapado pegou uma maçã e tentou fugir, mas a mulher agarrou-o pelos cabelos. O garoto gritou, e a mulher ralhou com ele.

Martin correu para a rua. A mulher estava ameaçando levar o menino à polícia. “Deixe-o ir, vovó”, disse Martin. “Perdoe o menino, pelo amor de Cristo”. A velha largou então o garoto.

- “Peça perdão à vovó”, sugeriu Martin ao menino. O menino começou a chorar e a pedir perdão. Martin pegou uma maçã da cesta e a deu ao menino, dizendo: “Eu lhe pago, vovó”...

- “Esse capeta devia levar uma surra”, resmungou a velha.

- “Ah, vovó”, disse Martin, “se ele devia ser surrado por roubar uma maçã, que é que nos deveria acontecer, pelos nossos pecados? Deus manda que perdoemos, do contrário não seremos perdoados. Devemos, sobretudo, perdoar a um menino irresponsável”...

- “Isso é bem verdade”, concordou a velha, “mas é que eles estão ficando levados da breca”.

Quando ela ia levantar o saco para as costas, o garoto deu um salto à frente. “Deixe que eu carregue para a senhora, vovó. Vou na mesma direção”. Ela pôs o saco nas costas do menino e eles foram andando juntos pela rua.

Martin voltou ao trabalho; dali a pouco, ele já não conseguia ver e nem podia passar a agulha pelos furos no couro. Juntou suas ferramentas, varreu o chão, acendeu e colocou um lampião na mesa...
Pegou depois a Bíblia da prateleira; pretendia abrir o livro num lugar que havia marcado, mas ela se abriu em outra página. Então, ouvindo passos, ele olhou em volta. Uma voz sussurrou em seu ouvido:

- “Martin, você não me conhece?” - “Quem é?” murmurou Martin.

- “Sou eu”, disse a voz — e, de um canto escuro do quarto, apareceu Stepánich, que sorriu e, desaparecendo como uma nuvem, não mais foi visto.

- “Sou eu”, tornou a dizer a voz - e apareceu a mulher com o bebê ao colo. Ela sorriu, o bebê riu-se, e eles também desapareceram.

- “Sou eu”, disse a voz, ainda uma vez. A velha e o menino com a maçã apareceram, sorriram e desapareceram.

A alma de Martin alegrou-se. Ele começou a ler o Evangelho, onde estava aberto. E no alto da página, dizia:
“Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era hóspede, e me recolhestes”. (Mateus, 25:35).

E no fim da página, ele leu: “Quantas vezes vós fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes”... (Mateus 25:40).


Martin compreendeu então que o Salvador, na verdade, tinha vindo a ele naquele dia, e que o recebera bem… (Léon Tolstoi*. Extraído de ‘Seleções do Reader’s Digest’, p.95; abril. 1983). [®].

(*) Nota: León Tolstoi (1828-1910): “É considerado o representante máximo da literatura nacional na Rússia, e um dos que mais influenciaram a arte literária de todo o mundo”. - ( 'Enciclopédia Novo Século’.Visor). E também admirado por ‘Guerra e Paz’, ‘Ana Karenina’, ‘O reino de Deus está em vós’, entre outras obras... [®]

Conheça também: http://www.magisterlux.com/- (Ensinos-Luz)

(Campos de Raphael)

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

VIVENDO E APRENDENDO A AMAR - 'O Livro de Mirdad'. (Mikhail Naimy).

"Viveis para que aprendais a amar. Amais para que aprendais a viver. Nenhuma outra lição é exigida do Homem”.
'O AMOR É A LEI DE DEUS'
( 'O Livro de Mirdad', cap. 11 - Mikhail Naimy )
"E que é amar, senão aquele que ama absorver o amado de modo que os dois sejam UM?"

A quem ou a quê devemos amar? Podemos escolher certa folha da Árvore da Vida e despejar sobre ela todo o nosso coração? E o ramo que produziu a folha? E a haste que sustém e sustenta esse ramo? E a casca que protege a haste? E as raízes que alimentam a casca, os ramos e as folhas? E o solo que envolve as raízes? E o sol, o mar e o ar que fertilizam o solo?

Se uma pequena folha merece o vosso amor, quanto mais merecerá a árvore toda! O amor que corta uma fração do todo, antecipadamente se condena ao sofrimento.

E direis: “Mas há muitas e muitas folhas em uma única árvore: umas são sadias, outras são doentes; umas são belas, outras, feias; algumas são gigantes, outras, anãs. Como poderemos deixar de escolher?”

E vos direi: Da palidez do doente provém a vitalidade do sadio. E vos direi ainda mais, que a fealdade é a paleta, a tinta e o pincel da Beleza; e que o anão não seria anão se não tivesse dado parte de sua estatura ao gigante.

Vós sois a Árvore da Vida. Cuidado para não dividirdes a vós mesmos! Não ponhais um fruto contra outro fruto, uma folha contra outra folha, um ramo contra outro ramo; nem ponhais o ramo contra as raízes, ou a árvore contra a terra-mãe, pois, é exatamente isso que fazeis quando amais uma parte mais do que o restante, ou com exclusão do restante.

Vós sois a Árvore da Vida. Vossas raízes estão em toda parte. Vossos ramos e folhas estão em toda parte. Vossos frutos estão em todas as bocas. Sejam quais forem os frutos dessa árvore; sejam quais forem os seus ramos e folhas; sejam quais forem as suas raízes, serão os vossos frutos; serão as vossas folhas e ramos; serão as vossas raízes. Se quiserdes que a árvore dê frutos doces e aromáticos, se a desejardes sempre forte e verde, cuidai da seiva com que alimentais as suas raízes.

O Amor é a seiva da Vida. O ódio é o pus da morte. Mas, o Amor, tal como o sangue, precisa não encontrar obstáculos para circular nas veias. Reprimi o movimento do sangue e ele se tornará uma ameaça, uma praga. E que é o ódio senão amor reprimido, ou amor retido, tornando-se um veneno tanto para quem o alimenta como para o alimentado, tanto para quem odeia com para o que é odiado.
Uma folha amarela na vossa Árvore da Vida é somente uma folha a que faltou amor. Não culpeis a folha amarela. Um ramo ressequido é somente um ramo faminto de amor. Não culpeis o ramo ressequido.

Uma fruta podre é somente uma fruta amamentada com ódio. Não culpeis a fruta podre. Culpai antes o vosso coração cego e egoísta que repartiu a seiva da vida a uns poucos e a negou a muitos, negando-a assim a ela própria.

Não há outro amor possível senão o amor a si próprio. E nenhum ser é real, senão aquele que abrange o Todo. Eis porque Deus é Amor; porque Deus se ama a Si Mesmo.
Se o amor vos faz sofrer, é porque não encontrastes ainda o vosso próprio ser, nem achastes ainda a chave de ouro do Amor, pois se amais um ser efêmero, o vosso amor é efêmero. O amor do homem pela mulher não é Amor. É algo muito diferente. O amor dos pais pelos filhos é tão somente o limiar do sagrado templo do Amor.

Enquanto cada homem não amar a todas as mulheres, e vice-versa; enquanto cada criança não for filho de todos os pais e de todas as mães, e vice-versa, deixai que os homens se gabem de carnes e ossos que se apegam a outras carnes e ossos, mas jamais deis a isso o sagrado nome de Amor. Seria blasfêmia.

Não tereis um único amigo enquanto vos considerardes inimigo ainda que seja de um único homem. Como pode o coração que abriga inimizade ser um refúgio seguro para a amizade?

Não conhecereis a alegria do Amor enquanto houver ódio em vossos corações. Se alimentásseis com a seiva da vida todas as coisas, menos um pequenino verme, esse pequenino verme sozinho tornaria amarga a vossa vida, pois quando amais alguém ou alguma coisa, na realidade amais a vós próprios.
Do mesmo modo, quando odiais alguém ou alguma coisa, em verdade odiais a vós mesmos, pois aquilo que odiais está inseparavelmente ligado àquilo que amais, como o verso e o reverso da mesma moeda. Se quiserdes ser honestos convosco mesmos tereis que amar aqueles e aquilo que odiais, e aqueles e aquilo que vos odeia, antes de amardes o que amais e o que vos ama.
O Amor não é uma virtude. O Amor é uma necessidade; mais necessidade é do que pão e água; mais do que a luz e o ar. Que ninguém se orgulhe de amar. Deveis respirar no Amor tão natural e livremente como respirar o ar, para dentro e para fora de vossos pulmões, pois o Amor não precisa de ninguém que o exalte. O Amor exaltará o coração que considera digno de si.
Não espereis recompensa do Amor. O amor é, em si mesmo, recompensa suficiente para o Amor, assim como o ódio é, em si mesmo, castigo bastante para o ódio.
Não peçais contas ao Amor, pois o Amor não presta contas senão a si mesmo. O Amor não empresta nem pode ser emprestado; o Amor não comporá nem vende; mas quando dá, ele se dá todo inteiro; e quando toma, toma tudo. E o seu dar-se é tomar. Conseqüentemente é o mesmo, hoje, amanhã e sempre...

Assim como um poderoso rio que se esvazia no mar é reabastecido pelo mar, assim deveis esvaziar-vos no Amor para que sejais para sempre enchidos de Amor. A lagoa que retém o presente que o mar lhe dá, torna-se uma lagoa de água estagnada.

Não há mais nem menos no Amor. No momento em que tentardes graduar e medir o Amor ele desaparecerá, deixando só amargas recordações. Nem há agora nem depois, ou aqui e acolá no Amor. Todas as estações [do ano] são estações do Amor. E todos os locais são próprios para serem habitados pelo Amor.

O Amor não conhece fronteiras nem obstáculos. Um amor cuja ação é impedia por qualquer obstáculo não merece o nome de Amor. Sempre vos ouço dizer que o Amor é cego, no sentido de que não vê defeitos naquele que é amado. Essa espécie de cegueira é o máximo de visão. Desejaríeis ser tão cegos que não encontrásseis faltas em coisa alguma!

Não! É claro e penetrante o olhar do Amor. Por isso, ele não vê faltas. Quando o Amor houver purificado a vossa visão não vereis jamais nada que não seja digno de vosso Amor. Só uma vista despojada de Amor, um olho faltoso, está sempre ocupado em encontrar faltas. E quaisquer faltas que encontre serão as suas próprias faltas...

O Amor integra. O ódio desintegra. Esta imensa e pesada massa de terra e pedra, a que dais o nome de Pico do Altar, voaria rapidamente para todos os lados se não fosse conservada unida pela mão do Amor. – Mesmo os vossos corpos, perecíveis como parecem ser, resistiriam à desintegração se amásseis com a mesma intensidade cada uma das células que o constituem...

O Amor é paz cheia das melodias da Vida. O Ódio é a guerra ansiosa pelos satânicos golpes da Morte. Que preferis: o Amor para gozardes a paz eterna, ou o Ódio para estardes para sempre em guerra?

"Toda a Terra está viva em vós. O Céu e suas hostes estão vivos em vós. Amai, pois, a Terra e todos os seus habitantes, se amais a vós mesmos. Amai o Céu e todos os seus habitantes, se amais a vós mesmos"...
(Trechos de 'O Livro de Mirdad', cp. 11. Mikhail Naimy. 1965. Editora Rosacruz-Áurea)

Fri. 31.12.2008. (Campos de Raphael) http://www.magisterlux.com/

LEI DE ATRAÇÃO: 'SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE'. Richard Bach.

“Cada pessoa, / Todos os fatos de sua vida, /
Ali estão porque você os pôs ali. /
O que fazer com eles / Cabe a você resolver”.

DIÁLOGOS: Richard Bach e Donald Shinoda
(Extraído da obra 'Ilusões' )

“Você nunca se sente só, Don?” – Foi no café em Ryerson, Ohio, que lembrei de perguntar.

- Espanta-me que...

“Psiu” – disse eu. – “Ainda não acabei com as perguntas. Você nunca se sente nem um pouco só?”

- O que você considera...

“Espere. Toda essa gente, só a vemos por alguns minutos. De vez em quando vejo um rosto no meio do povo, alguma mulher linda, brilhante como uma estrela, que me dá vontade de ficar e falar com ela, ficar ali parado, sem me mexer e conversar um pouco. Mas ela voa comigo durante dez minutos, ou não voa, e vai embora e no dia seguinte parto para Shelbyville e nunca mais a vejo. Isso é solidão. Mas imagino que eu não possa ter amigos duradouros, quando eu mesmo não sou duradouro”...


Ele ficou calado.

“Ou será que posso?”

- Posso falar agora?...

“Creio que sim”. – Os hamburgers naquele café vinham embrulhados pela metade em papel encerado fino, e quando eram desembrulhados as sementes de gergelim se espalhavam por toda parte – coisinhas inúteis, mas os hamburgers eram bons. Ele comeu calado e eu também, imaginando o que ele diria.

- Bem, Richard, somos ímãs não somos? Ímãs, não. Somos ferro, envolvido em fio de cobre e sem pré que queremos magnetizar-nos, podemos fazê-lo. Se despejarmos a nossa voltagem interna pelo fio, podemos atrair tudo que quisermos atrair. Um ímã não se preocupa com o modo como funciona. Ele é ele mesmo, e por sua natureza atrai certas coisas, deixando outras intocadas...

Comi uma batata frita e franzi a testa, olhando para ele.

“Você omitiu uma coisa. Como é que faço isso?”

- Você não faz coisa alguma. A lei cósmica lembra-se? Os semelhantes se atraem. Basta você ser o que é, calmo, límpido e brilhante... Automaticamente, enquanto brilhamos como somos, perguntando-nos a cada instante se é isso o que realmente quero fazer, só o fazendo quando a resposta for positiva, isto repele naturalmente aqueles que nada têm a aprender com que somos nós, e atrai aqueles que têm, e com os quais podemos aprender também...

“Mas isso exige muita fé, e enquanto isso a gente fica muito só”.

Ele olhou para mim estranhamente, por cima do hambúrguer que comia.

- A fé é uma mistificação. Não precisa de fé nenhuma. Precisa de imaginação. – Ele limpou a mesa entre nós, empurrando para o lado o sal e as batatas fritas, o ketchup, garfos e facas, e fiquei pensando o que iria acontecer, o que se materializaria diante dos meus olhos.

- Se você tiver a imaginação como um grão de gergelim – disse ele, empurrando uma semente como exemplo para o meio da clareira – todas as coisas lhe serão possíveis.

Olhei para a semente de gergelim, e depois para ele.

“Eu gostaria que vocês Messias se juntassem e se pusessem de acordo. Pensei que o negócio fosse ter fé, quando o mundo se vira contra mim”.

- Não. Eu quis corrigir isso, quando trabalhava, mas a luta foi árdua e longa. Há dois mil anos, há cinco mil anos, não existia uma palavra para imaginação, e a fé foi o melhor que conseguiram arranjar para um bando solene de adeptos. Além disso, não tinham sementes de gergelim.

Eu sabia que tinham sementes de gergelim sim, mas deixei passar aquela inverdade.

“Então devo imaginar essa magnetização? Imagino alguma linda dama, sábia e mística, aparecendo no meio do povo de um campo de feno em Tarragon, no Illinois? Posso fazer isso, mas é só isso, é apenas a minha imaginação”.

Ele olhou para o céu com um ar de desespero, céu que no momento era representado pelo teto de chapa de metal e luz fria do Café Em e Edna.

- Apenas sua imaginação? Claro que é sua imaginação! Este mundo é a sua imaginação, já se esqueceu disso? Onde está o seu pensamento, aí está a sua experiência. Conforme o homem pensar, assim será ele; aquilo que receei aconteceu-me; pense e enriqueça: Visualização criativa para o divertimento e lucro; como encontrar amigos sendo quem você é.

A sua imaginação não muda o Ser em nada, não afeta a realidade em absoluto. Mas estamos falando sobre mundos da Warner Brothers, vidas da MGM, e cada segundo dessas vidas são ilusões e imaginações. Todos sonhos são como símbolos que nós, sonhadores despertos, conjuramos para nós.

Ele alinhou seu garfo e faca, como se estivesse construindo uma ponte do lugar dele até ao meu.

- Você quer saber o que dizem os seus sonhos? É o mesmo que olhar desperto para as coisas de sua vida e perguntar-lhes o que representam. Você com os aviões em sua vida, cada vez que se vira.

“Bem, Don, sim. – Eu preferia que ele fosse mais devagar, e não empilhasse isso tudo de uma vez; um quilômetro e meio por minuto é depressa demais para idéias novas”.

- Se você sonhasse com aviões, o que é que isso significaria para você?

“Bom, a liberdade. Sonhos com aviões são uma fuga e eu me libertando”.

- E ainda quer maior clareza? O sonho desperto é o mesmo: a sua vontade de livrar-se de todas as coisas que o prendem... a rotina, a autoridade, a caceteação, a gravidade. O que você ainda não entendeu é que já está livre, e sempre esteve...

Se você tivesse a metade das sementes de gergelim disso... Você já é o senhor supremo da sua vida de mágico. Apenas a imaginação! O que é que você está dizendo?...

A garçonete olhava para ele com estranheza, de vez em quando, enxugando a louça, escutando, matutando quem seria aquele homem.

“Então você nunca se sente só, Don?” – perguntei.

- A não ser que sinta vontade disso. Tenho amigos em outras dimensões que se encontram em volta de mim, de vez em quando. E você também.

“Não. Estou falando desta dimensão, esse mundo imaginário. Mostre-me o que você quer dizer, dê-me um milagrezinho do ímã... Quero mesmo aprender isso”.

- É você quem vai mostrar-me – disse ele. – Para pôr alguma coisa em sua vida, imagine que ela já está aí.

“Como o quê? Como a minha linda dama?”

- Qualquer coisa. Não a sua dama. E uma coisa pequena, a princípio.

“Devo praticar agora?”

- Sim.

“O.K. Uma pena azul”.

Ele olhou para mim francamente.

- Richard? Uma pena azul?

“Você disse qualquer coisa”.

Ele deu de ombros.

- O.K. Uma pena azul. Imagine a pena. Visualize-a claramente, de modo a poder ver todas as suas linhas e bordas, a ponta, o cálamo. Só por um minuto. Depois pare.

Fechei os olhos por um minuto e vi com nitidez em minha mente, uma imagem uns 12 centímetros de comprimento, de uma azul iridescente, prateando-se nas bordas. Uma pena brilhante e nítida flutuando no escuro.

- Envolva-a numa luz dourada, se quiser. Essa é uma técnica que ajuda a tornar a coisa real, mas também funciona no magnetismo.

Envolvi a pena num brilho dourado.

“O.K.”

- Pronto. Pode abrir os olhos agora.

Abri os olhos.

“Onde está a minha pena?”

- Se estava nítida em seu pensamento, nesse instante mesmo ela o estará atropelando como um caminhão.

"Minha pena? Como um caminhão?”

- Em sentido figurado, Richard.

Durante toda a tarde esperei que a pena aparecesse, e nada aconteceu. Foi de tardinha, na hora do jantar, comendo um hambúrguer, que eu a vi. Numa figurinha no invólucro do leite. Embalada para a Leiteria Scott pelas Fazendas da Pena Azul, Bryan, Ohio.

“Don! A minha pena!”

Ele olhou e deu de ombros.

- Pensei que quisesse a pena de verdade.

“Bem, qualquer pena serve, para começar, não acha?”

- Você viu a pena sozinha, ou a estava segurando na mão?

“Sozinha”.

- Então está explicado. Se você quiser estar com aquilo que está magnetizando, tem de se colocar na cena, também. Desculpe-me por não ter esclarecido esse ponto.

Uma sensação estranha, bizarra. Funcionava! Tinha conscientemente magnetizado a minha primeira coisa.

“Hoje uma pena – disse eu – amanhã o mundo!”

- Cuidado Richard – disse ele, me provocando – ou se arrependerá... [®]

[Extraído da obra 'Ilusões', p.120/7, Richard Bach, Record]

(Campos de Raphael)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O SAGRADO FEMININO E 'O CÓDIGO DA VINCI'. (Dan Brown).

'Olho de Hórus'
'O Portal aos Mistérios'
O Sagrado Feminino e o Simbolismo do Pentagrama.
(Diálogos em 'O Código Da Vinci', entre o Professor de Simbologia, Robert Langdon e Bezu Fache, Chefe da Interpol).

... É um pentagrama - explicou Langdon, a voz soando oca naquele imenso espaço. - Um dos símbolos mais antigos da Terra. Usado há mais de quatro mil anos antes de Cristo...

- E o que significa?... "Um símbolo do demônio?"

- O pentagrama - esclareceu Langdon - é um símbolo pré-cristão relacionado a adoração à Natureza. Os antigos viam seu mundo dividido em duas metades: a masculina e a feminina. Seus deuses e deusas agiam no sentido de manter um equilíbrio de poderes, yin e yang...

Quando masculino e feminino estavam equilibrados, havia harmonia no mundo. Quando se desequilibravam, estabelecia-se o caos... Esse pensamento representa o lado feminino de todas as coisas - um conceito religioso que os historiadores chamam de “o sagrado feminino” ou “a divina deusa”...

- "Saunière desenhou um símbolo da deusa no estômago?"

Langdon precisava admitir que aquilo parecia estranho:

- Em sua interpretação mais específica, o pentagrama simboliza Vênus - a deusa do amor sexual e da beleza. - Cada religião se baseava na ordem natural divina. A deusa Vênus e o planeta Vênus eram uma só coisa. A deusa tinha um lugar no céu noturno e era conhecida por muitos nomes: Vênus, Estrela Oriental, Ishtar, Astarte - todos poderosos conceitos femininos vinculados à Natureza e à Mãe Terra...

Fache parecia ainda mais transtornado agora, como se de alguma forma preferisse a idéia da adoração ao demônio.

Langdon resolveu não lhe falar da propriedade mais espantosa do pentagrama - a origem gráfica de seus vínculos com Vênus. Quando jovem estudante de astronomia, ficara espantado de saber que o planeta Vênus descrevia um pentagrama perfeito através do plano eclíptico do céu a cada oito anos...

Tão assombrados ficaram os astrônomos ao observarem esse fenômeno, que Vênus e seu pentagrama passaram a ser considerados símbolos da perfeição, da beleza e das qualidades cíclicas do amor sexual. Como tributo à magia de Vênus, os gregos empregaram seu ciclo de oito anos para organizar seus Jogos Olímpicos.

Hoje em dia, poucas pessoas percebem que o intervalo de quatro anos entre as Olimpíadas modernas ainda corresponde à metade dos ciclos de Vênus. Ainda menos pessoas sabem que a estrela de cinco pontas quase havia se tornado o símbolo oficial das Olimpíadas, mas foi modificado na última hora - suas cinco pontas substituídas por cinco anéis que se interceptavam, para melhor refletir o espírito de inclusão e harmonia dos jogos.

- "Sr. Langdon - disse Fache, abruptamente. - É óbvio que o pentagrama deve também se relacionar com o demônio. Seus filmes de horror americanos mostram isso com grande clareza".

Langdon franziu o cenho. Muito obrigado, Hollywood. A estrela de cinco pontas agora era praticamente um clichê nos filmes de assassinos seriais e adeptos dos rituais satânicos, desenhada na parede de algum satanista juntamente com outros tipos de simbologia atribuídos ao demônio. Langdon sempre ficava frustrado ao ver o símbolo nesse contexto. As verdadeiras origens do pentagrama na realidade eram bastante divinas...

- Eu lhe garanto - disse Langdon -, apesar do que viu no cinema, que a interpretação demoníaca é historicamente inadequada. O significado feminino original é correto, mas o simbolismo do pentagrama foi distorcido com o passar dos milênios. Nesse caso, por meio de derramamento de sangue.

Langdon espiou de relance o crucifixo de Fache, sem saber como expressar o que ia dizer em seguida.

- A Igreja, senhor. Os símbolos são muito flexíveis, mas o pentagrama foi alterado pela Igreja Católica Romana primitiva. Como parte da campanha do Vaticano para erradicar as religiões pagãs e converter as massas ao cristianismo, a Igreja lançou uma campanha de desmoralização dos deuses e deusas pagãos, definindo seus símbolos divinos como símbolos do mal.

- "Prossiga".

- Isso é muito comum em épocas de conturbações - continuou Langdon. - Um poder emergente se apodera dos símbolos existentes e os degrada para tentar eliminar-lhes o significado. Na batalha entre os símbolos pagãos e os símbolos cristãos, os pagãos foram derrotados; o tridente de Possêidon se tornou o tridente do demônio, o chapéu pontudo do mago se transformou no símbolo das bruxas e o pentagrama de Vênus tornou-se símbolo demoníaco...

- Langdon fez uma pausa. - Infelizmente, o poderio militar norte-americano também perverteu o pentagrama - agora é nosso símbolo de guerra mais proeminente. Nós o pintamos em nossos caças e o penduramos nos ombros de todos os nossos generais. E um abraço para a deusa do amor e da beleza...

- "Interessante - disse Fache, indicando o corpo de braços e pernas estendidos. - E a posição do corpo? O que achou dela?"

Langdon deu de ombros. - Simplesmente reforça a referência ao pentagrama e ao sagrado feminino. - Replicação. Repetir um símbolo é a forma mais simples de reforçar-lhe o significado. Jacques Saunière se posicionou na forma de uma estrela de cinco pontas. Se um pentagrama é bom, dois é muito melhor.
Os olhos de Fache seguiram as cinco pontas dos braços, das pernas e da cabeça de Sauniére enquanto voltava a passar a mão pelo cabelo oleoso.

- "Análise interessante". - Fez uma pausa antes de prosseguir. - "E a nudez?" - Pronunciou a palavra com um resmungo, parecendo sentir repulsa pela visão de um corpo masculino já de certa idade. - "Por que ele tirou as roupas?"

Boa pergunta, essa, pensou Langdon. Estava se perguntando a mesma coisa desde que vira a foto de polaróide.

A melhor explicação é que uma forma desnuda endossava ainda mais a idéia de Vênus - a deusa da sexualidade humana. Embora a cultura moderna tivesse eliminado grande parte da associação de Vênus com a união física masculino-feminino, um olho etimológico perspicaz ainda poderia encontrar um vestígio do significado original de Vênus na palavra "venéreo". Contudo, Langdon decidiu não enveredar por esse caminho.

- Sr. Fache, obviamente não posso lhe dizer por que Sauniére desenhou esse símbolo em si mesmo, nem por que se posicionou dessa forma, mas posso lhe dizer que um homem como Jacques Saunière consideraria o pentagrama um símbolo da divindade feminina. A correlação entre este símbolo e o sagrado feminino é amplamente conhecida entre historiadores da arte e simbologistas. (Cf. ‘O Código Da Vinci’, p. 42/45. Dan Brown. Sextante. 2004). [Φ]
CLIC e veja o belo poema: 'O PENTAGRAMA DE HILARION'

(Campos de Raphael).

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

‘COM-PUTA-DOR’? - CLORETO de MAGNÉSIO! Medicina Alternativa. Leia e Repasse!

Informe de Utilidade Pública
‘Pedras nos rins’, ‘bico de papagaio’, dores de coluna, ciática, articulações, calcificação e artrose? É carência de magnésio! (Custa dois reais nas farmácias).

Intróito: Muito embora a terapêutica à base de chás e ervas medicinais venha curando e prevenindo doenças através dos séculos, os grandes “multi-laboratórios” têm procurado desmoralizar toda a sabedoria tradicional dos curandeiros, xamãs e herbalistas, para empurrar drogas caríssimas que inibem a dor (grito de alerta do organismo), atacam o efeito sem curar a causa, intoxicam o sistema baço-fígado e até criam dependência orgânica e psíquica!

Nascido numa cidadezinha do interior, não possuidora de qualquer hospital ou centro de saúde, acompanhei de perto o drama de minha mãe em risco de morte e desenganada pelo médico local, ser salva em poucas horas ao ser tratada graças a uma humilde herbalista local. Depois, já no Rio de Janeiro e casado, vi minha esposa livrar-se de intervenção cirúrgica e ser curada através de remédios da Homeopatia.

Felizmente, tem surgido pessoas de espírito solidário divulgando tratamentos alternativos, de baixo custo e acessível às pessoas de baixa renda. Citamos entre outros o DVD do Dr. Luiz Moura, clínico do Rio de Janeiro, que esclarece a eficácia da 'Auto-hemoterapia' (extrair sangue da própria veia e injetá-lo no músculo – mas requer acompanhamento médico); e do uso diário do magnésio que previne vários males e mantém uma boa saúde física...

Recebemos uma veste física através de nossos pais, como dádiva do ser espiritual existente dentro de nós, para nos servir de veículo e cumprir certa missão ou propósito indivídual na dimensão cósmica do espaço-tempo. E durante nossa jornada, vamos plantando sementes dos frutos que iremos colher mais a frente; cada um determina assim seu próprio destino favorável ou desfavorável, saúde ou doenças, ainda para esta ou a próxima existência... [®].

Saúde e Paz! Natal, 2008 (Campos de Raphael)

Importância do Cloreto de Magnésio
(Artigo do Pe. Beno J. Schorr)

Atenção: O magnésio não é remédio, mas suprimento alimentar sem contra-indicação, extraído do sal marinho. É compatível com qualquer medicamento simultâneo. O adulto precisaria obter dos alimentos o equivalente a 3 doses e, não o conseguindo, complementá-los a parte, para não adoecer. Dificilmente passará do limite, por isso as doses indicadas para os de 40 a 100 anos, são mínimas. Tomar as doses para uma doença só, e as demais ficarão curadas, porque o sal põe em ordem todo o corpo...

Para as pessoas da cidade com alimentos de baixa qualidade (refinados e enlatados), um pouco mais; para as pessoas do campo, menos. O magnésio não cria hábito, mas ao deixá-lo se perde a proteção. Não fugirá a todas as doenças, dores e ao desgaste natural, mas serão bem mais atenuados ou eliminados. A maioria, contudo se deixará levar pelo comodismo até doer, em vez de gozar duma saúde radiante...

“O magnésio produz o equilíbrio mineral, anima os órgãos em suas funções (catalisadoras), como os rins para eliminar ácido úrico nas artroses, descalcifica até as finas membranas nas articulações e as escleroses calcificadas, para evitar enfartes, purificando o sangue; vitaliza o cérebro, devolve ou conserva a juventude, até alta idade. O magnésio é de tudo o menos dispensável”...

Depois dos 40 anos o organismo absorve sempre menos magnésio, produzindo velhice e doenças. Por isso deve ser tomado conforme a idade: dos 40 aos 55 anos, ½ dose; dos 55 aos 70 anos, 1 dose de manhã; dos 70 aos 100 anos, 1 dose de manhã e 1 dose à noite.

Solução: Dissolver numa jarra 100 gramas de cloreto de magnésio em 3 litros de água filtrada (33 gramas por litro). Depois de bem misturado, colocar em vidros, não de plástico. A dose é de um copinho [ou xicrinha] de café, conforme a idade e necessidade...

Note Bem: [As farmácias vendem o produto como ‘Cloreto de Magnésio’, em frascos de 33 grs, por R$ 2,00 (dois reais). Quem sofre de “intestino solto”, o Dr. Luiz Moura, clínico do RJ, sugere dissolver as 33 grs. em litro e meio d’água, e terá o mesmo resultado].

Formações orgânicas: ‘Bico de papagaio’, dores de coluna, nervo ciático, calcificação e surdez por calcificação: 1 dose de manhã, 1 dose à tarde e 1 dose à noite. Quando curado, deve-se tomar o Cloreto de Magnésio como preventivo, isto é, conforme a idade.

Artrose: O ácido úrico se deposita nas articulações do corpo, visivelmente nos dedos, que até incham. É porque os rins estão falhando, por falta de magnésio. Tenha cautela, pois um rim talvez já esteja deteriorando: 1 dose de manhã. Se em 20 dias não sentir melhoras e não reparar em anormalidade, tomar 1 dose pela manhã e 1 dose à noite. Depois de curado, continuar com as doses como preventivo.

Próstata: Um ancião já não conseguia urinar. Na véspera da operação lhe deram 3 doses como preparação. Aí começou a melhora... E depois de uma semana estava curado, sem operação. Há casos em que a próstata regride, às vezes, ao normal: 2 doses de manhã, 2 doses à tarde e 2 doses à noite. Ao melhorar, deve-se tomar como prevenção.

Achaques da Velhice: Rigidez muscular, câimbras, trêmulo, artérias duras, falta de atividade cerebral: 1 dose de manhã, 1 dose à tarde e 1 dose à noite.

Câncer: Nós todos temos em grau moderado. Consiste em células mal formadas por falta de alguma substância (refinados) ou presença de partículas tóxicas. Estas células anárquicas não se harmonizam com as sadias (não servem para nada), mas são inofensivas até certa quantidade, que o magnésio combate facilmente, vitalizando as sadias. Infelizmente todo processo canceroso, lento, não causa nenhuma dor de alerta, até aparecer o tumor, que segrega tóxicos (vírus muito variados), que invadem as células sadias em ramificações (semelhante a um caranguejo, que quer dizer, câncer no latim). Aí o magnésio só pode frear um pouco, curar não...

“Há, porém, leves indícios: se no parentesco já houve câncer, nódulos debaixo da pele do seio, aí o magnésio é o melhor preventivo, para o câncer não progredir e formar tumor. Além dos alimentos cancerígenos que devemos evitar, o mais importante é guardar o equilíbrio mineral, tomando Cloreto de Magnésio como doses de prevenção. Basta estar devidamente mineralizado, para o corpo se ver livre de quase todas as doenças”... (Pe. B.J.Schorr).

Relato da Cura do Pe. Beno J. Schorr. (Prof. de Física, Química e Biologia do Colégio Catarinense. Florianópolis/SC.) “Estando quase paralítico, 10 anos antes de começar a cura, tendo 61 anos, sentia pontadas agudas na região lombar – um bico de papagaio, incurável segundo o médico. Mas, reparei ser reumatismo, que curei com Ketacil, esquecendo então o bico de papagaio, que já antes dava um peso crescente na barriga da perna direita. Havia 5 anos que o peso virou dor, e apesar de todos os tratamentos, esta só aumentava”...

Depois de 2 anos, afinal, atinei com a causa: mal levantando-me da cama, sentia um formigar descer pela perna até os pés. Ao abaixar-me, o formigamento cessava, mas ao erguer-me ela voltava. Repeti as duas posições. Só podia ser aquele desgraçado bico de papagaio, que apertava o nervo ciático na terceira vértebra, e quando em pé e curvado lhe dava folga. Fiz então meus trabalhos, o mais possível sentado. Havia anos que fazia tudo sentado, menos à missa – um tormento.

E adiava a viagem à Ilha de Marajó, onde devia completar a rede de rádio-telefonia de 48 estações em 6 estados. Depois de meio ano viajei, esperando melhoras naquele eterno verão. Mas piorou de vez. Rezava a missa sentado, acompanhado pelo povo; orientava meus ajudantes a montar os mastros e esticar as antenas por cima dos telhados. Voltei a Florianópolis para ir a um especialista, com as novas radiografias...

Agora já era um bando de ‘bicos de papagaios’, com seus bicos calcificados, duros, em grau avançado... As dez aplicações de ondas curtas e distensões da coluna não detiveram a dor, a ponto de nem mais poder dormir deitado. Ficava sentado, até quase cair da cadeira de sono, quando atinei dormir enrolado na cama como um gato. Deu certo, e só acordava ao endireitar-me. Faltava pouco, para nem enrolado ou sentado fugir a dor. E então? Assim desenganado, apelei ao bom Deus. “Está vendo a tua criatura? Não lhe custa dar um jeitinho”...

Providencialmente, fui ao ‘Encontro dos Jesuítas Cientistas em Porto Alegre; e o Padre Suarez me disse ser fácil a cura, com o magnésio e me mostrou escrito no livrinho do Padre Puig, jesuíta espanhol, que o descobriu; sua mão estava dura de tão calcificada, mas, com este sal, ficou móvel como uma menina, como também outros parentes seus. E brincando, disse: “Com este sal, só vai morrer dando um tiro na cabeça ou por algum acidente”.

Em Florianópolis, comecei a tomar uma dose diária cada manhã; três dias depois, comecei a tomar uma dose de manhã e uma dose à noite, mesmo assim continuava dormindo enrolado até o 20º dia, quando acordei estirado na cama, sem dor. Mas caminhar era ainda aquela dor. Aos 30 dias, me levantei todo estranho: “Será que estou sonhando?”. Nada mais me doía e dei até uma voltinha pela cidade, sentindo, contudo, o peso de 10 anos antes. Aos 40 dias caminhei o dia inteiro, com pequeno peso. Aos 3 meses sentia crescer a flexibilidade. Dez meses já passaram e me dobro quase como uma cobra...

"O magnésio arranca o cálcio dos lugares indevidos e o fixa solidamente nos ossos. Ainda mais: a pulsação seguidamente abaixo de 40, já pensando em marca passo, normalizou. O sistema nervoso ficou notoriamente calmo, maior lucidez, sangue descalcificado e fluído. As freqüentes pontadas do fígado sumiram. A próstata, a ser operada na primeira folga já não me incomoda muito".

E outro efeitos, a ponto de várias pessoas me perguntarem: 'O que está acontecendo contigo?... Mais jovem?' - É isso mesmo, voltou-me a alegria de viver. Por isso, me vejo obrigado a repartir o “jeitinho” que o bom Deus me deu. Centenas se curaram em Santa Catarina, depois de anos de sofrimento de males na coluna, artrose, etc., e agora mandam também cópias a outros desenganados... [®]

[Artigo: Pe. Beno J. Schorr, publicado pp.‘Botica ao Veado d’Ouro’. SP/ SP. 30.09.85].

(Campos de Raphael) Frib. Dezembro 25th, 2008.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

PENTAGRAMA PITAGÓRICO E A DIVINA PROPORÇÃO

'Olho de Hórus'
'O Portal aos Mistérios'
‘Harmonia, Proporção e Secção Dourada’[

“À crença de que o número é a base de todas as coisas os pitagóricos acrescentaram outra – a de que tudo tem sua própria proporção adequada, o que resulta em harmonia. Diziam que, na verdade, não só o número está subjacente à realidade, mas também uma teia invisível de razões e proporções”.

Os pitagóricos valorizavam a razão e a proporção como marcos do raciocínio; a própria palavra racional significava a capacidade de compreender razões. Pregando e praticando a moderação em todas as coisas, eles viam o meio-termo como o caminho para a sabedoria.

‘Aconselhavam o meio-termo no casamento (nem acima, nem abaixo de si mesmo), na comida, na bebida e nos exercícios. Em questões de dinheiro, “nunca seja pródigo”, aconselhava o sábio “nem se mostre sovina”, mas ache o meio-termo’.

“Na geometria, o meio-termo era a secção dourada, estimada como a proporção ideal. Uma secção dourada é uma linha dividida em partes desiguais, de tal modo que a parte menor esteja para a maior como esta para o todo; diz-se então que as duas partes estão na razão dourada. Esta divisão, particularmente agradável ao olhar ocorre na natureza”.

‘A secção dourada figura em algumas operações geométricas intrigantes, descritas abaixo’.

Uma estrela de cinco pontas, ou pentagrama, é formada pelo truque simples de estender os lados de um pentágono regular até as linhas se encontrarem. Ligar os vértices do mesmo pentágono cria outro pentagrama. Mais até do que a facilidade de criação, o que parece mágico em relação a essa figura é que cada lado do pentagrama passa através de dois outros pontos que fazem deles secções douradas. Além disso, a base de cada ponta triangular do pentagrama está em u ma proporção de razão dourada com cada um de seus lados...

“Os pitagóricos chamaram o pentagrama de Saúde, e adotaram-no com insígnia”.
(Extraído de ‘Mistérios do Desconhecido – ‘Tempo e Espaço’. Abril Livros. 1993).

(Campos de Raphael)

(http://portalolhodehorus.blogspot.com/)